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Coluna Pelo Estado: Os braços da organização

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Os empresários envolvidos no processo de compra dos 200 respiradores por parte do estado de Santa Catarina, que custaram um pagamento antecipado de R$ 33 milhões,  mantém uma série de contratos públicos de norte a sul do país através de outras empresas. Em nova reportagem pelo caso, publicada pelo The Intercept Brasil, a suposta organização criminosa apontada pelo Ministério Público demonstra ter tentáculos em outros estados e em diversificadas atividades prestadas ao serviço público. Por trás desses contratos está o médico e empresário Fábio Guasti, que tratou da compra dos respiradores através de interlocutores no estado.

Segundo a reportagem, Guasti controla uma empresa que presta serviço de ambulâncias e também está à frente da Meu Vale, que por dispensa de licitação conseguiu assumir a administração dos chamados cartão-merenda que são distribuídas entre as famílias atingidas pela pandemia.

A Meu Vale firmou contrato com o governo do Pará e com a Federação dos Municípios em Goiás. Em Santa Catarina, por dispensa, fechou contrato com a Prefeitura de Florianópolis, e tinha tratativas em Blumenau e Tubarão. A CPI dos Respiradores também está no rastro de Guasti e de seus negócios em Santa Catarina.

O prefeito de Tubarão, Joareis Ponticelli (PP) disse que não há nenhum contrato com a Meu Vale na cidade. O município foi citado como próximo na lista da empresa em SC.

Colapso

As pontes que dão acesso a capital Florianópolis, Pedro Ivo e Colombo Salles, precisam de manutenção urgente, e podem ser interditadas a partir de outubro devido ao risco de colapso. Segundo laudos, a segurança só pode ser garantida entre seis a oito meses, a partir de fevereiro. A empresa garantiu segurança somente até outubro e a obra de recuperação leva seis meses e não foi iniciada. Se começar em junho, fica pronta em janeiro, após o prazo em que estariam seguras. Por ali passam 150 mil veículos por dia.

Fora das normas: O governo de SC detectou que lotes de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) enviados com a identificação do Ministério da Saúde estavam em desacordo com as normas sanitárias vigentes. Foi constatado que as luvas descartáveis não vieram identificadas, apresentavam armazenamento e acomodação em desacordo com as normas sanitárias vigentes, além de quantitativo menor.

Corte de luz:  A Justiça deu decisão favorável à Celesc contra a aplicação da Lei Estadual 17.933/2020 que impedia cortes por falta de pagamento dos clientes. Com isso, quem não pagar a fatura pode sim estar sugeito a cortes.

BR-101 Sul:  A CCR pediu para adiar, em um mês, a assinatura do contrato. O pedido ocorreu por causa das restrições e medidas de segurança contra o novo coronavírus e foi aceito pela Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT).

Recuperação: Para o secretário da Fazenda de SC, Paulo Eli, a recuperação econômica de Santa Catarina será mais rápida do que nos demais estados, uma vez que há mão de obra qualificada, um bom nível de renda e de escolaridade.  “Vivemos um momento complicado, em que as ações de saúde devem ser priorizadas, mas a nossa recuperação será vigorosa. Temos todas as condições para isso, com uma economia diversificada e de base sólida”, diz Paulo Eli.

U$S 100 mil: Esse é o valor que o prefeito de Joinville, Udo Döhler (MDB), quer financiar com Fonplata para investir no Centro de Triagem do Coronavírus. O pedido para contrair a dívida internacional foi feito ao Ministério da Economia em 28 de abril, mas os técnicos cobraram informações. Um novo pedido foi enviado  dia 6 e  ainda aguarda autorização de Brasília.

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