A Justiça catarinense negou pedido de liberdade a um homem acusado de assassinar e depois esquartejar a própria companheira. O crime foi janeiro deste ano, em Ituporanga, no Vale do Itajaí. O tronco de Neomar da Rosa, de 25 anos, foi encontrado entre entulhos na Barragem Sul, no mesmo município. O réu está preso preventivamente.
A decisão foi tomada pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, no dia 7 de maio e divulgada nesta segunda-feira (20). O caso está em segredo de Justiça.
O TJSC informou que a defesa fez o pedido de habeas corpus argumentando que o acusado sofre constrangimento ilegal por não haver motivação idônea para continuar preso e que ele tem “bons predicados, particularidade que reforça a desnecessidade da segregação cautelar”.
A 2ª Câmara decidiu por unanimidade negar a solicitação porque entendeu que a gravidade do crime, cometido com “violência brutal” e por “motivo fútil”, além do comportamento indiferente do acusado após o assassinato, revelam periculosidade e que por isso ele deve ser mantido preso.
O crime
O feminicídio ocorreu em 20 de janeiro, na residência do casal, e teria sido motivado por ciúmes. Na véspera do assassinato, eles foram a uma festa e brigaram. Os dois estavam juntos havia quatro meses.
O homem é acusado de matar a marteladas a companheira e, para tentar ocultar o crime, teria decapitado, esquartejado e espalhado os pedaços do corpo da vítima pelas cidades vizinhas.
Uma semana depois do homicídio, o acusado foi morar com outra mulher e “assumiu um comportamento frio e dissimulado”, conforme consta do processo, divulgou o TJSC. Inicialmente, ele negou envolvimento nos crimes e qualquer relacionamento com a vítima. Depois, após ser preso, confessou detalhadamente.
Fonte:G1SC