Skank e Paralamas do Sucesso tocam juntos em SC

Tecladista do Skank, Henrique Portugal, e baterista dos Paralamas, João Barone, contam sobre espetáculo e longevidade na música brasileira.

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Skank e Paralamas fazem shows juntos em São José — Foto: Skank/Divulgação

No início dos anos 90, a banda Skank tocava em bares de Belo Horizonte (MG) enquanto os Paralamas do Sucesso, com mais de 10 anos de estrada, já faziam shows em casas lotadas. Com admiração mútua desde o primeiro palco compartilhado, a parceria poderá ser vista neste sábado (1º) em show em São José, na Grande Florianópolis.

O tecladista do Skank, Henrique Portugal, lembra do “primeiro encontro” dos ícones do rock nacional. “O Bi e o Barone [respectivamente guitarrista e baterista dos Paralamas] foram até esse bar, e a gente já tinha desmontado todos os instrumentos. E eu lembro deles falarem pra gente tocar mais. Montamos tudo de novo e os caras tiveram a humildade de sair de um lugar [show] que cabe 4 mil pessoas para ir até um boteco. Não tinha mais ninguém! E a gente tocou”, recorda o músico.

João Barone, baterista do Paralamas, reforça que a sintonia entre as bandas sempre foi muito espontânea e que os encontros são marcados pelo alto astral. “A gente é fã do Skank antes de eles assinarem contrato com gravadora. Essa história vem de longa data. Eles sempre fizeram uma reverencia aos Paralamas no começo da carreira e eles se tornaram uma banda mega pop”, diz.

Fãs e clássicos
No show em Santa Catarina devem ser apresentados sucessos de carreira das duas bandas, que se apresentam separadamente, mas que em algumas músicas tocam juntos como uma “superbanda”. Em fevereiro deste ano, fizeram o mesmo espetáculo no Rio de Janeiro.

“A pessoa quando sai de casa para ver um show do Skank, o mais importante é que ela volte feliz e realizada com a experiência que ela teve”, afirma Portugal sobre tocar clássicos para todo mundo cantar junto, como “Garota Nacional”, “Vou Deixar” e “Te Ver”.

“A gente tem uma coisa sobre frequência de produzir material novo que é muito comum de bandas com a nossa longevidade. Qualquer artista e banda de mais 30 anos não pode querer brigar com a própria obra. Querer fazer mais sucesso do que a gente já fez”, completa o baterista dos Paralamas.

As bandas estão em momentos similares de releituras. Skank lançou em 2018 um álbum ao vivo chamado “Os Três Primeiros”, com versões dos três primeiros álbuns da carreira: “Skank”, “Calango” e “O Samba Poconé”.

Portugal conta que os três álbuns, que chegam aos 20 anos, tem uma linha musical similar. “A gente resolveu fazer os três primeiros álbuns que tiveram muita música jamaicana como referência. Que é também uma coincidência com os Paralamas, que beberam muito da mesma água”, conta o tecladista.

Já a gravadora dos Paralamas deve lançar em breve a versão vinil de “Severino” (1994). “O disco é muito importante para nós e para os fãs dos Paralamas. Ele veio na contramão de todo o sucesso comercial, na virada dos anos 90. No meio da década de 90, a gente apostou muito na nossa expressão artística. É o nosso Sgt. Pepper’s [álbum de psicodelia dos Beatles]”, fala Barone.

“O importante é fazer o que gosta e manter o canal de fidelidade com o fã. Você ser original, verdadeiro”, acredita o baterista João Barone.

Serviço
Sábado (1º), a partir das 21h
São José
Arena Petry
Ingressos a partir de R$ 44
Venda de ingressos pelo site Minha Entrada

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