SC enfrenta desabastecimento de gás de cozinha

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A greve dos caminhoneiros prejudica o abastecimento de gás de cozinha em Santa Catarina.

Segundo o presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás (Sinregás-SC), Jorge Magalhães de Oliveira, a falta do produto é generalizada e atinge todas as regiões. Isso porque os caminhões que trazem o produto de Itajaí,  Paraná e Rio Grande do Sul não estão circulando.

Oliveira diz que, em casos pontuais, pode haver botijões em alguns comércios que ainda têm estoque, mas deve esgotar em breve. A falta atinge tanto botijões de gás de cozinha, para uso doméstico, como cilindros para uso industrial, que abastecem parte de condomínios e hotéis, por exemplo.

— É uma situação caótica. Não existe mais gás para vender, principalmente na Grande Florianópolis, posso assegurar — diz Oliveira.

O proprietário de uma revenda de gás em São José, na Grande Florianópolis, Carlos Pedro Steinbach diz que o produto para uso doméstico acabou no sábado. Ele chegava a vender cerca de 600 botijões e 200 cilindros por dia.

— A gente carrega o produto em Itajaí e tem um bloqueio, então não deixam ninguém entrar. Só vai normalizar com a liberação — prevê.

 SÃO JOSÉ, SC, BRASIL - 28/05/2018Greve de caminhoneiros faz faltar gás. Na foto, o sócio-proprietário da Nacional Gás de Campinas, Carlos SteinbachCarlos Pedro Steinbach não tem mais produtos para venda em São JoséFoto: Marco Favero / Diário Catarinense

Em dois condomínios do bairro Itaipava, de Itajaí, os moradores já começaram a racionar gás de cozinha, que é liberado apenas quatro vezes por dia. Ainda assim, o estoque já está no fim e a previsão da síndica, Adelita Fernandes Siqueira, é de que nesta terça-feira um dos blocos já possa ficar sem gás. Se isso acontecer, o plano B já está definido. Os moradores conseguiram dois botijões de 13 quilos de gás de cozinha e pretendem usar a cozinha do salão de festas como uma cozinha comunitária para ajudar os moradores enquanto uma nova carga do combustível não for conseguida. Em cada um dos dois condomínios moram 192 famílias.

Apesar do desabastecimento, Oliveira afirma que não soube, até o momento, de cobrança abusiva no Estado. Ele acrescenta que mesmo com o término da greve, irá demorar alguns dias até que a situação se normalize em SC. A orientação para os consumidores é usar o máximo de fontes alternativas, como fornos elétricos, e evitar usar aquecimento a gás, por exemplo.

Em nota, o  Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), disse que algumas praças ainda possuem um estoque mínimo de GLP e que há gás nas bases, o problema está no escoamento do produto pelas rodovias.

“Grevistas e forças policiais estão permitindo apenas a passagem de caminhões com GLP granel para abastecer serviços essenciais, como hospitais, creches, escolas e presídios. Porém, caminhões com botijões de 13kg, 20kg, 45kg vazios ou cheios com nota fiscal a caminho das revendas não são reconhecidos pelos grevistas como abastecimento de um serviço essencial, o que é um equívoco, pois o produto nessas embalagens também pode ser destinado ao abastecimento de serviços essenciais”, diz a nota.

Em restaurantes que dependem de gás canalizado, no entanto, o fornecimento está garantido. Com informações DC

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