Santa Catarina e mais três Estados são alvos de operação contra desvio de cargas de alto valor

A operação Proditor foi realizada em 15 cidades de quatro Estados e teve apoio de policiais das Diretorias do Litoral, Interior, Fronteira e Grande Florianópolis, além de unidades do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo

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Uma grande operação da DEIC (Diretoria Estadual de Investigações Criminais) com a participação de 120 policiais de quatro Estados foi deflagrada nas primeiras horas desta quarta-feira (13) em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo. Denominada da Proditor, a operação é um desdobramento de inquérito da DRFC (Divisão de Furtos e Roubos de Cargas) da DEIC contra o roubo e desvio de cargas, que há nove meses investiga uma quadrilha que simula sequestros de motoristas para desviar produtos de alto valor, como bobinas de aço e manganês.

A operação Proditor foi realizada em 15 cidades de quatro Estados e teve apoio de policiais das Diretorias do Litoral, Interior, Fronteira e Grande Florianópolis, além de unidades do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo.

O nome Proditor significa traidor em latim, numa referência aos motoristas envolvidos no esquema pois traíam a confiança de quem os contratava para o transporte das cargas.

Até final da manhã havia 16 pessoas presas, além de farto material apreendido como dinheiro, joias e veículos. Apenas numa das casas alvo da operação, os policiais localizaram R$ 20 mil escondidos em uma mala.

As ações ocorreram no Norte catarinense, nas cidades de Joinville, Penha, Araquari, São Francisco do Sul, Balneário Barra do Sul, Barra Velha e Balneário Piçarras; em quatro locais na da Região Metropolitana de Curitiba, em Frederico Westphalen, no Rio Grande do Sul, e na capital de São Paulo.

O delegado Osnei Valdir de Oliveira, da DRFC, relata que a quadrilha conta também com a participação dos motoristas, que após carregar os produtos simulam sequestro e roubo da carga, registrando falsos comunicados de crime em boletins de ocorrência. “Na maioria dos casos, a carga sequer sai do Estado de origem, é desviada para empresas que participam da receptação e tentam posteriormente dar uma origem legal aos produtos”, diz.

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