Reinfecção pelo coronavírus é improvável por pelo menos seis meses, mostra pesquisa

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É altamente improvável que pessoas que tiveram Covid-19 contraiam novamente a doença por pelo menos seis meses depois da primeira infecção. Isso é o que mostra um estudo feito pela Universidade de Oxford com funcionários de saúde que atuam na linha de frente na luta contra a pandemia do coronavírus. Os pesquisadores britânicos dizem que tal descoberta passa tranquilidade a mais de 51 milhões de pessoas no mundo que já foram infectadas com a doença, já que, ao menos em um curto prazo, estas pessoas não pegarão novamente a Covid-19. A microbiologista Natália Pasternak concorda com o fato de esta ser uma boa notícia.

“São boas notícias mesmo, uma notícias de que o vírus não é tão fora da caixinha quanto a gente pensava antes. Ele está se comportando como um vírus padrão. O que os pesquisadores perceberam é que todos os voluntários, acompanhados por pelo menos seis meses, formaram células de memória bastante robustas e que duram bastante tempo”, afirma. Autoridades da Organização Mundial da Saúde (OMS) também gostaram dos resultados e informaram que isso dá esperança para a vacina. Para Natália Pasternak, isso traz indícios que a futura vacinação talvez não precise ser tão recorrente, como a da gripe. “São bons indícios, a gente tem trabalhos com o SARS-CoV-1 avaliando pessoas que tiveram o vírus naquela época e tem células de memória até hoje, 17 anos depois”, explica. Já há registros de casos isolados de reincidência de Covid-19 pelo mundo. Os episódios causaram preocupações de que a imunidade poderia ser curta e que pacientes recuperados poderiam rapidamente ficar doentes novamente.

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