A Polícia Militar concluiu o inquérito policial militar (IPM) sobre o envolvimento de um PM na morte de Vitor Rodrigues Xavier da Silva, em 18 de abril em Florianópolis. Segundo a corporação, não há indícios de crime e o policial agiu em legítima defesa. O garoto de 19 anos estava no pátio de casa e atirando com uma arma de pressão em latinhas quando foi atingido.
A Polícia Civil indiciou em 20 de abril o policial por homicídio doloso. O outro PM que estava na ocorrência não foi responsabilizado. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) pediu diligências complementares e documentos antes de oferecer a denúncia à Justiça.
Em nota, a Polícia Militar informou que o IPM foi concluído na sexta-feira (31), após análise de provas documentais e testemunhais. A conclusão foi “não haver indícios de crime, haja vista o indiciado ter agido amparado pela excludente da Legitima Defesa Putativa”.
Entretanto, a PM diz que constatou transgressão disciplinar por parte dos policiais, por terem coberto o rosto com balaclavas. O inquérito foi encaminhado à Vara do Direito Militar de Florianópolis.
O promotor Wilson Mendonça Neto, da 40ª promotoria, disse que aguarda o inquérito policial militar para decidir se denuncia ou não os policiais à Justiça Militar, que seguem na ativa. O advogado da família do jovem, Diógenes Fonseca, disse que neste momento os parentes não vão se manifestar, pelo processo disciplinar se tratar apenas de parte da investigação.
Morte do jovem
A família de Vitor Rodrigues Xavier da Silva disse que ele estava brincando de atirar em latinhas com uma arma de pressão quando foi baleado pela polícia, em 18 de abril. A PM alegou que não tinha como saber que a arma não era letal e que revidou uma ameaça.
O laudo pericial apontou que o jovem foi atingido por quatro perfurações, sendo três do lado esquerdo, os quais causaram o politraumatismo e a morte.
O advogado da família, Diógenes Fonseca, disse que os parentes estão abalados e deve ajuizar uma ação por danos morais, mas aguarda o Ministério Público de Santa Catarina oferecer denúncia do crime.
Em nota, a PM informou que os dois policiais que atenderam a ocorrência já foram ouvidos e seguem trabalhando na unidade. Um deles chegou a ter afastamento médico por causa do estresse da ocorrência.
Fonte:G1SC