PENÍNSULA SAGRADA

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O sábado, 25 de junho, às 15h30, na base do Parque Municipal Morro do Macaco, marca a estreia de três Totens escultóricos, que estarão espalhados no percurso da Trilha. As esculturas de concreto celular entalhado, imitando à pedra, foram realizadas pelo artista plástico e fotógrafo Alejandro Javier Lopez, reconstruindo desenhos rupestres que fazem referência às culturas antigas locais. Cada totem possui um código QR, com informação em formato de vídeo educativo realizado pela produtora Tiqsi Filmes, que “abre” para o visitante um “portal” para o passado, para um lugar Sagrado.

O projeto é patrocinado pela Prefeitura Municipal de Bombinhas e a Fundação Municipal de Cultura de Bombinhas, por meio do edital “Mestre Cantalício Rocha” do Fundo Municipal de Cultura de 2021.

Sobre os monumentos

Na península de Bombinhas tem vários monumentos arqueoastronômicos e sítios arqueológicos em estudo. Nos últimos anos foram realizados trabalhos de pesquisas, entre eles, o do Instituto Multidisciplinar de Meio Ambiente e Arqueoastronomia – IMMA.

No topo do Morro do Macaco tem um monumento megalítico de recente descoberta. A pedra, com forma de “cabeça” possui um orifício, ou olho, que funciona como um relógio astronômico capaz de marcar não somente os inícios de solstícios e equinócios, mas também o movimento das constelações de Orion, Plêiades e Canis Maior e a sua estrela mais brilhante, Sirius, os grandes ciclos ou eras cósmicas.

É provável que os antigos habitantes esperassem o sol passar pelo furo do olho, projetando um feixe de luz, indicando o solstício de inverno. O Solstício de verão pode ser perfeitamente registrado pelo mesmo orifício quando as plêiades se alinham a este. Esse conhecimento astronômico permitiria aos povos antigos elencar suas atividades agrícolas e compreender o ciclo de fertilidade natural da Terra.

O projeto Península Sagrada consiste em dar visibilidade à arqueoastronomia e povos ancestrais, ampliando o conhecimento sobre a história humana e desta região, uma história perdida, esquecida ou pouco documentada nos anseios e urgências dos colonizadores europeus. Também é uma forma de dar continuidade ao trabalho de revitalização turística dos parques do Município, agregando arte e conhecimento histórico e científico.

 

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