Patinetes elétricos por aplicativo vão deixar de circular em Florianópolis

Empresa Grow, responsável pelas marcas Grin e Yellow, de patinetes e bicicletas, anunciou a saída da cidade

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Os patinetes elétricos que circulam em Florianópolis desde dezembro de 2018, e fizeram sucesso especialmente na Beira-Mar Norte, serão retirados da cidade. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (22) pela Grow, companhia que une as marcas Grin (patinetes) e Yellow (bicicletas). Conforme o comunicado, a empresa passa por um “processo de reestruturação” e vai fazer um “ajuste operacional”.

Com a medida, a empresa vai encerrar a operação com patinetes elétricos em Florianópolis e São José, além de várias outras cidades em outros Estados, como Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campinas (SP), Goiânia (GO), Guarapari (ES), Porto Alegre (RS), Santos (SP), São Vicente (SP), São José dos Campos (SP), Torres (RS), Vitória (ES) e Vila Velha (ES).

O serviço dos patinetes vai continuar apenas em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba — cidades que vão receber os equipamentos retirados das cidades sem operação.

Em relação às bicicletas da marca Yellow, a Grow afirma que elas estão temporariamente fora de circulação — situação que já foi notada nos últimos dias por moradores que não encontraram mais as bicicletas amarelas na Beira-Mar de Florianópolis, por exemplo. Elas foram recolhidas das ruas para um processo de checagem e verificação das condições de operação e segurança.

Segundo a nota da Grow, a empresa está “em busca de parcerias públicas e privadas para fortalecer e expandir sua operação”.

A Grow diz também que, em parceria com uma consultoria de RH, está tentando recolocar os colaboradores demitidos. O número de pessoas desligadas da empresa não foi divulgado ainda.

Para quem tem créditos adquiridos não usados no aplicativo, a empresa orienta que o usuário peça o reembolso no botão de ajuda do app ou pela central de ajuda, no site.

Uso em Florianópolis cresceu no primeiro ano
Após os primeiros nove meses da operação da Grow em Florianópolis, os números divulgados mostravam um crescimento mensal entre 12 e 17%. Segundo a empresa, os usuários rodavam, em média, 60 mil quilômetros por mês na Capital. Para efeito de comparação, é o equivalente a quase mil viagens entre o Sul e o Norte da Ilha. O uso mais comum era aos sábados e domingos, com picos às 10h e às 15h.

Os dados de mobilidade que a empresa captava, inclusive, motivaram um relatório entregue pela Grow à prefeitura de Florianópolis em setembro do ano passado. O documento fazia sugestões como a criação de áreas calmas (com velocidade máxima de 40 km/h) e infraestrutura cicloviária em ruas de acesso ao interior dos bairros na Agronômica, Santa Mônica, Itacorubi e Trindade.

Além disso, o relatório destavaca também o “número considerável de viagens” em ruas “que não possuem infraestrutura necessária” no Centro, como as avenidas Professor Othon Gama D’eça e Rio Branco e as ruas Dr. Armínio Tavares, Marechal Guilherme e Tenente Silveira. Com isso, a Grow fazia sugestões de melhoria na infraestrutura de mobilidade de Florianópolis e trocava sugestões e informações com a prefeitura.

Com promessa de melhorar a mobilidade urbana, os especialistas em trânsito analisavam também que, em Florianópolis, os patinetes “não pegaram” para o deslocamento do dia a dia. O uso mais comum era para lazer, especialmente na ciclovia da Beira-Mar Norte ou em ruas do Centro como a Bocaiúva.

Fonte: DC

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