Como os catarinenses estão avaliando o governo de Eduardo Pinho Moreira? Em quem pretendem votar para o Executivo estadual? Em quem não votarão de forma alguma?
Estas são algumas das respostas da primeira prévia eleitoral que o SCPortais divulga agora.
A pesquisa é resultado da parceria do Grupo RIC com a Associação de Diários do Interior (ADI-SC) e foi realizada pela empresa Lupi & Associados – Pesquisa e Marketing. Foram ouvidas 1.100 pessoas nas pesquisas espontâneas e estimuladas, amostragem que cobriu as sete mesorregiões de Santa Catarina – Grande Florianópolis, Norte, Oeste, Meio Oeste, Planalto Serrano, Vale do Itajaí e Sul -, em um total de 82 municípios.
O período das entrevistas foi de 15 a 21 de junho. De acordo com a Lupi, a margem de erro é de 2,95%, para mais e para menos, e o coeficiente de segurança chega a 95%.
Para que os dados interpretassem o mais fielmente possível o pensamento dos eleitores do estado, foram feitos cortes sobre gênero, faixa etária, escolaridade e renda familiar, entre outros, que reproduziram o todo da sociedade catarinense. A definição levou em conta também a representatividade dos eleitores de município/região sobre o total do estado.
Veja os resultados:
Na pesquisa espontânea, aparecem nas primeiras posições os nomes mais conhecidos, seja por estarem há mais tempo na política ou por terem maior exposição na mídia.
Neste caso, o deputado federal Esperidião Amin (PP) continua sendo o mais lembrado, seguido com certa distância pelo governador Eduardo Pinho Moreira (MDB) e o ex-governador Raimundo Colombo (PSD).
O deputado federal Mauro Mariani, presidente do MDB-SC e que só teve seu nome de fato confirmado para a disputa ao governo nesta semana, aparece na quarta posição, com pouca diferença para o deputado estadual Gelson Merisio, presidente do PSD-SC.
Do primeiro bloco, formado pelos cinco mais citados, somente Amin, Mariani e Merisio se colocam como pré-candidatos ao Executivo catarinense por seus partidos e/ou alianças. Moreira saiu completamente do jogo e Colombo concorrerá ao Senado.
No segundo bloco aparecem, pela ordem, os nomes de João Rodrigues (PSD), que cumpre pena em Brasília, Paulo Bauer (PSDB), senador e pré-candidato ao Executivo estadual, o empresário, Luciano Hang (sem partido), o prefeito de Joinville, Udo Döhler (MDB), que desistiu de concorrer, e João Paulo Kleinübing, deputado federal pelo DEM, cotado para ser vice em diferentes alianças.
De todos os nomes, o que mais surpreende pela baixa citação é o de Bauer, uma vez que na eleição de 2014 ele também foi candidato ao governo e por pouco não leva a eleição para o segundo turno na disputa com Colombo.
O último bloco traz surpresas e constatações. O deputado federal Décio Lima é candidato ao governo pelo PT, mas amarga apenas a 11ª posição na memória dos catarinenses. Depois vêm o deputado estadual Leonel Pavan (PSDB), que se recupera de um AVC e está afastado da vida política, o federal Pedro Uczai (PT), que já declarou que vai à reeleição, e o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSDB), que não se apresentou como possível candidato. Por último, 4,5% dos entrevistados apontaram outros nomes.
A constatação é do desinteresse ou cansaço dos eleitores quando o assunto é política eleitoral. Nenhum dos nomes chegou sequer perto do índice dos que declararam voto nulo ou branco, que chegou a 14,8%. E outros 66,4% sequer souberam citar um nome para possível governador.