O governo de Carlos Moisés da Silva sofreu nesta terça-feira (5) mais uma derrota na Assembleia Legislativa. Marcos de Souza Sabino, indicado para presidir a presidência da Aresc (Agência Reguladora de Serviços Públicos de Santa Catarina) pelo Executivo, teve seu nome rejeitado por cinco votos a zero na Comissão Especial da Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina) encarregada de ratificar a nomeação.
A rejeição ocorreu porque Sabino foi nomeado em 23 de abril deste ano para o cargo de assessor executivo de assuntos institucionais da SC Par. Dessa forma, a lei estadual de 2015 impede que integrantes da diretoria da Aresc ocupem simultaneamente cargo, emprego ou função em entidade sujeita à regulação e à fiscalização da agência reguladora.
Além da questão jurídica acatada pelos deputados do colegiado, a derrota mostra que Moisés está desprestigiado no Legislativo estadual. A indicação de Sabino partiu do secretário da Casa Civil, Douglas Borba, ao presidente da Alesc em 20 de setembro do ano passado.
Conheça Sabino
O engenheiro Sabino foi nomeado em setembro de 2019 para presidir o Sapiens Parque e acumulava essa mesma função de secretário da holding da SC Par desde o começo da gestão do presidente Gustavo Salvador Pereira.

O candidato foi exonerado em ato publicado no diário oficial no dia 9 de março, mas voltou para a mesma função no mês seguinte. Os dois atos podem mostrar uma tentativa de fazer com que Sabino fosse aceito pelas regras da Aresc, mas não funcionou.
No currículo de Sabino consta que trabalhou para Novare Empreendimentos Imobiliários, empresa da família do secretário de Desenvolvimento Econômico, Lucas Esmeraldino.
Sabino informa ter trabalhado na construtora nos cargos de “comprador” entre junho de 2013 a setembro de 2014. E como engenheiro entre setembro de 2014 a dezembro de 2018.
No entanto, como relevou o nd+ em julho deste ano, a Novare funciona no mesmo endereço da Orban Construtora Ltda.- EPP, outra empresa da família Esmeraldino.
A Orban, segundo o MPSC, é investigada pelo MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) desde que o Conselho Municipal do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) apontou indícios de inidoneidade no processo licitatório e no contrato administrativo.
Segundo os conselheiros municipais, o contrato teria sofrido aditivos e a obra não teria sido concluída depois de ser contratada pela prefeitura de Tubarão