Em tempos de coronavírus, frio requer ainda mais cuidado e atenção com as doenças respiratórias

Previsão é de temperaturas mais baixas na região nos próximos dias

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Nos próximos dias, a previsão de queda na temperatura em Itajaí sugere mais atenção e cuidados na prevenção de doenças respiratórias, cujos casos naturalmente aumentam com a chegada do frio. Neste ano, embora ainda não estejamos no inverno, a pandemia de coronavírus (COVID-19) também vai requerer a manutenção e o reforço das medidas de distanciamento social e de higiene, para que o quadro da doença não se agrave ainda mais.

Independentemente da estação, a prevenção é a melhor forma de se combater doenças respiratórias, como gripes, resfriados e pneumonias. Mas nestes próximos meses, de frio mais intenso, alguns cuidados diários são fundamentais, começando pelo reforço do sistema imunológico e no tratamento imediato dessas infecções, evitando internações e a consequente sobrecarga do sistema de saúde.

“Estamos iniciando uma época de mudança de temperatura e isso traz um aumento nos casos de doenças como bronquite, asma e a bronquiolite, no caso das crianças. Por isso, precisamos redobrar os cuidados com a alimentação, o sono e com a hidratação, além da vacinação anual contra a gripe H1N1, causada pelo vírus influenza”, destaca Márcio Fossari, médico pediatra na Secretaria Municipal de Saúde.

Outro ponto importante a ser destacado está no fato de que algumas doenças respiratórias são consideradas fatores de risco para complicações do novo coronavírus. Fazem parte do grupo de risco pessoas com diabetes, hipertensão e problemas respiratórios crônicos, o que reforça a necessidade de medidas preventivas, como o isolamento social, a higiene pessoal e o tratamento médico especializado.

“Esses cuidados que estamos tomando por conta do coronavírus ajudam a evitar a propagação de outros vírus comuns nesta época mais fria do ano. No momento, em que o uso de máscaras é obrigatório, a observância dessa importante medida também poderá provocar uma redução no número de casos de infecções respiratórias”, argumenta Fossari.

Dentre os cuidados básicos para evitar doenças respiratórias e no próprio combate ao coronavírus, podemos destacar:

– Higienizar as mãos com frequência em solução álcool gel 70%;
– Usar máscara sempre que sair de casa;
– Cobrir a boca e o nariz com o antebraço quando espirrar ou tossir;
– Evitar tocar os olhos, nariz e boca;
– Não compartilhar objetos de uso pessoal;
– Evitar aglomerações e ambientes fechados;
– Evitar contato próximo com pessoas que apresentem sinais ou sintomas.

Atenção especial às crianças

As crianças são as que mais sofrem com doenças respiratórias nos períodos de frio, em razão da própria vulnerabilidade decorrente da idade. Além disso, a suspensão das aulas e das atividades nas creches, neste momento, faz com que elas passem mais tempo em casa, em ambientes fechados – daí a necessidade dos cuidados em manter os cômodos abertos, com ventilação natural.

Nas crianças, os sinais mais comuns de infecções respiratórias são a tosse, falta de ar, chiados e dor no peito. Outros sintomas típicos dessas doenças são febre, calafrios, sudorese e dor de cabeça e muscular. Vale lembrar que o frio provoca a redução da umidade do ar e, com isso, o ressecamento das vias aéreas. A ingestão de líquidos, como água e suco de frutas, ajuda na hidratação e prevenção.

As doenças respiratórias podem causar uma série de sinais e sintomas, desde os mais leves, como coriza e mal estar momentâneo, até situações mais graves. Por isso, deve-se buscar atendimento médico imediato caso a criança apresente dificuldade para respirar, lábios com coloração escura, dor ou pressão abdominal ou no peito, tontura ou vertigem, vômitos ou convulsão.

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