Deputados disparam contra processo de escolha do novo reitor da UFSC e repudiam moção

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Moção da deputada estadual Paulinha, do Podemos, que pretendia cumprimentar Irineu Manoel de Souza por sua vitória na consulta pública para a escolha do reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, arrancou as críticas mais ácidas de colegas de Assembleia e não foi votada por falta de quórum. Fato chama atenção principalmente porque quando se trata de “Moções” , em especial de homenagem ou cumprimento elas passam muitas vezes até despercebidas, ou são aprovadas sem grandes discussões.

Deputados protestaram e anunciaram voto contra Moção proposta por colega para Irineu Manoel de Souza por sua vitória na consulta pública  para a reitoria da UFSC – Foto: Rodolfo Espínola/Agência AL/NDDeputados protestaram e anunciaram voto contra Moção proposta por colega para Irineu Manoel de Souza por sua vitória na consulta pública  para a reitoria da UFSC – Foto: Rodolfo Espínola/Agência AL/ND

O deputado Jessé Lopes, do PL,  disse que houve “sacanagem” no processo de escolha da reitoria da UFSC. “Ficou combinado que o vencedor da consulta pública iria indicar os outros nomes da lista tríplice. Isso é uma fraude, porque esses outros nomes estão em conluio com ele”, disse. “Não podemos ser a favor de fraudes.”

Bruno Souza, do Novo, seguiu na mesma linha e criticou o candidato Irineu Souza. “Não é tanto por ele ser um reconhecido militante de esquerda, que também é algo terrível, mas também porque não sabe lidar com a coisa pública. Uma das propostas dele é reduzir a carga horária dos servidores, sem redução de salário. Isso é um absurdo.”

A  deputada Ana Campagnolo, do PL, afirmou que o Ministério da Educação encaminhou à UFSC uma série de questionamentos sobre o processo de escolha do novo reitor. “Não apenas porque é um militante de esquerda, o que é grave, mas os questionamentos do MEC, que devolveu a lista de reitores e exigiu vários documentos.”

Sargento Lima, do PL, também fez críticas ao escolhido na consulta pública. “Em qualquer outro lugar, esse sujeito seria impedido de participar desse processo”, declarou. “O dinheiro do contribuinte deveria ser utilizado para várias outras coisas, menos para pagar salário de esquerdista.”

Kennedy Nunes, do PTB e Jair Miotto, do União Brasil, também se manifestaram contra a moção. “O processo eleitoral é todo feito de forma para beneficiar ideologicamente aquelas pessoas”, disse Kennedy.

O deputado Neodi Saretta, do PT, fez o contraponto ao  afirmar que é legítimo a qualquer cidadão ter posições mais alinhadas à esquerda, à direita ou ao centro. “Mas atacar um processo porque quem venceu é de esquerda é ferir a liberdade de opção. Houve um processo democrático na universidade que tem que ser respeitado. Temos que combater esse argumento que ele não pode ser aceito porque é de esquerda.”, concluiu

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