O secretário da Fazenda do governo de Santa Catarina, Paulo Eli, afirmou, nesta segunda-feira (22), que o Estado está reservando 14% do orçamento para a saúde, 2% acima do exigido por lei, para dar vazão aos tratamentos que estão sendo adiados por conta da pandemia. Segundo o secretário, há 90 mil cirurgias eletivas na fila de espera em todo o Estado.
A declaração foi dada durante uma conversa on-line com associados da Acij (Associação Empresarial de Joinville). “Há em torno de 90 mil cirurgias eletivas na fila, então temos que manter um nível de UTI bastante alto pós-Covid. Tem gente na fila há dois, três anos”, completou.
O secretário também informou que, com os novos recursos, há um plano de regionalização da saúde. “Quando acabar a pandemia, todo esse recurso extra vai ser mantido para investimentos de saúde no pós-pandemia”, disse.
Durante o encontro, o secretário também falou sobre investimentos e infraestutura. Por causa da redução do comprometimento com a folha de pagamento do funcionalismo público, que caiu de 49,7% em 2018 para 44,9% no fim de 2020, há uma maior capacidade de investimentos.
Em dezembro de 2022, a projeção é de 40%. Como resultado, “temos recursos próprios para investimento na ordem de R$ 2 bilhões por ano”, disse.
A capacidade de geração de emprego também foi discutida. Com o início da pandemia, o Estado chegou a perder 73 mil vagas em abril do último ano. Mesmo assim, houve uma grande recuperação. De acordo com o secretário, Santa Catarina gerou o maior número de empregos formais no país, com saldo positivo de 53.050 vagas com carteira assinada em 2020.