Coluna Pelo Estado: Casamento arranjado com Moisés e antiga rivalidade entre MDB e PP

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Na política como nas famílias, persitem emoções que precisam ser explicadas por rivalidades remotas. Em entrevista aos portais e jornais do interior, projeto SCEleições2022, o ex-governador e candidato Esperidião Amin (PP) disse que, quanto mais forem naturais as alianças, melhor será governar e menor o custo para a sociedade. “Custo absurdo para a sociedade é esse das conversões, dos que não queriam política e agora se entregaram para a mais antiga política do Estado, a dos últimos 20 anos”, criticou em relação à aliança do governador e candidato à reeleição Carlos Moisés (Republicanos) com o MDB.

Um emedebista raiz concorda que falta afinidades à aliança. “Em tempos passados, os casamentos eram arranjados. Às vezes, o casal acabava se entrosando e dava certo. Outras vezes, era um desastre. Esse foi um casamento arranjado: quando se conheceram, um detestava o outro. Moisés era a nova política que iria acabar com a velha política, cujo principal expoente era o MDB.”

O MDB votou em Carlos Moisés no segundo turno de 2018, para não votar em Gelson Merísio. Teve protagonismo na tentativa de cassação. A relação mudou com a absolvição e a defesa do modelo municipalista de governo pelos deputados e prefeitos.

O MDB catarinense já fez valer casamentos difíceis. Em 2010, por exemplo, quando Eduardo Moreira desistiu de ser candidato em favor de Raimundo Colombo.

No final, são as emoções dos eleitores que contam. Pode ser que, no imaginário do catarinense, localizar onde está o MDB e onde está o PP ainda seja o critério mais familiar para escolher e rejeitar candidatos.

Casa do Jornalista 

Foto Adriana Baldissarelli

Os 90 anos da Associação Catarinense de Imprensa (ACI), que já tiveram sessão especial na Alesc e encontro em Chapecó, foram comemorados em edição especial do Pautas & Panelas, sábado, na ACI/Casa do Jornalista, na Capital. Com o fim das grandes redações e a adesão ao trabalho remoto, encontros presenciais são bem valorizados pelos “coleguinhas” de Imprensa. Sob a liderança da presidente Déborah Almada e dos vices Marcos Bedin e Lúcia Helena Vieira, a Casa do Jornalista dá suporte à atualização e qualificação de jornalistas para o empreendedorismo e a comunicação corporativa. Na foto, Déborah Almada com a diretora executiva da ADI/SC e da APJ/SC, Cláudia Carpes. Os jornais do interior, há mais de duas décadas somam a maior tiragem de impressos em Santa Catarina. Hoje, mantêm a tradição do papel com grande esforço e avançam para portais e edições digitais. O projeto SCEleições2022 liderado pela coluna Pelo Estado, por exemplo, tem veiculado conteúdo integrado para mais de 30 portais e 23 jornais do interior catarinense.

Vai saber

No comitê de Moisés, que como político busca a imagem do cidadão comum, gente boa, sem ligação com grupo político nem família tradicional, dizem que a candidatura de Amin salvou a reeleição. Por dividir o eleitorado bolsonarista e realinhar as possibilidades de quem vai para o segundo turno.

Até tu?

Quando Moisés critica os governos passados, até o ex-governador Paulo Afonso Vieira se coloca para defender Luiz Henrique. E há quem pensasse que ele seria o último a fazer isso.

Socioambientais

SCGás faz chamada pública para projetos socioambientais que serão, pela segunda vez, incentivados com recursos próprios. A seleção é voltada para ações de responsabilidade social, econômica, ambiental e espacial próximas às estações de recebimento de gás natural em Gaspar, Tubarão, Indaial e Urussanga. Prazo para inscrições até amanhã. Em 2021, a distribuidora investiu R$ 500 mil em iniciativas sociais na região de Gaspar e Tubarão. Desde 2020, a SCGás destina 0,25% da margem bruta para contratação de projetos que promovam qualidade de vida, cultura, educação, esporte e infraestrutura para as comunidades catarinenses. Além disso, até 18 de novembro, a SCGás recebe propostas para apoiar projetos socioambientais por meio da Lei Rouanet e Lei de Incentivo ao Esporte.

20 anos depois

Os jornalistas José Augusto Gayoso, Neiva Daltrozo e Vitor Hugo Louzado lembraram no Pautas & Panelas a formação há exatos 20 anos da equipe que acompanhou Luiz Henrique da Silveira até sua morte, em 2015. Gayoso até comparou: “O governador é franco favorito e era naquela ocasião. Até três semanas antes do primeiro turno, Amin estava com 60%. Luiz Henrique estava subindo, como Amin está subindo. Pode se repetir com Amin sendo o Luiz Henrique de hoje, exatos 20 anos depois?”

Produção e edição

ADI/SC jornalista Adriana Baldissarelli (MTb 6153) com colaboração de Cláudia Carpes. Contato peloestado@gmail.com

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