Celesc revisará contas de luz de 1.200 consumidores após acordo com MPSC e Procons

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A Celesc irá identificar entre as 2.000 reclamações. Os 1.200 consumidores de baixa renda com a maior discrepância nos valores para fazer uma aferição no medidor de luz. O MPSC está investigando um possível aumento excessivo nas contas de luz de janeiro.

Informações de MPSC

Em reunião com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e órgãos de defesa do consumidor, a Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina) assumiu o compromisso de inspecionar 1.200 unidades consumidoras, de um universo de 2.000 reclamações registradas, de cidadãos de baixa renda que apresentaram as maiores discrepâncias no valor da conta de energia elétrica nos últimos dois meses. O acordo foi firmado na tarde da última quinta-feira (07) em um encontro que durou três horas na sede do MPSC, em Florianópolis.

A distribuidora de energia, que faz uma média de 500 aferições por mês, fará uma força-tarefa para atingir as 1.200 em no máximo dois meses. Durante esse período, o corte de energia elétrica dos consumidores que forem vistoriados estará suspenso, até que se chegue a uma conclusão sobre o real consumo registrado na unidade. A empresa também se comprometeu a não cobrar pelas aferições, mesmo em casos em que for comprovado que a leitura de consumo foi correta.

Em caso de erro de cobrança comprovado, a Celesc comprometeu-se a recapturar. Se na inspeção ficar comprovado que as faturas não apresentam erros, o consumidor será notificado e poderá parcelar o pagamento. Na primeira parcela pagará 33% do valor, e o restante pode-se parcelar em até 6x com juros. Caso o pagamento não seja efetuado, a energia será cortada em até 15 dias.

O Promotor de Justiça Marcelo Brito de Araújo, que está interinamente na 29ª Promotoria de Justiça da Capital, foi quem conduziu a reunião e que agora dará prosseguimento ao Inquérito Civil instaurado em 24/1 que apura um possível aumento excessivo nas contas de luz de janeiro. “Nós estamos tentando apurar se houve alguma prática irregular da Celesc. Não temos até agora nenhum elemento concreto. O Inquérito foi instaurado justamente para isso, para angariar provas e verificar se houve algum tipo de equívoco. Nós tomamos algumas providências para por elas angariar provas”, afirmou.

No prosseguimento do inquérito, a 29ª Promotoria da Capital, com o auxílio do Centro de Apoio Operacional do Consumidor (CCO), requisitará ao Fundo Para Reconstituição de Bens Lesados (FRBL) o custeio de uma perícia técnica, para que um analista de sistemas faça uma auditoria no sistema de faturamento da empresa. Além disso, a Promotoria de Justiça pretende solicitar à Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) uma vistoria nos serviços prestados pela Celesc nos últimos três meses.

 

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