Catarinense no Equador tem voo cancelado e busca solução para voltar ao Brasil

Ele deveria ter voltado ao Brasil na quarta-feira. Empresa aérea disse que operação de transporte aéreo está suspensa para prevenir o contágio do coronavírus.

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Catarinenses que estão no Equador buscam uma solução para retornar ao Brasil após terem os voos cancelados. A viagem de Eduardo Marcondes, de Florianópolis, de volta ao país estava prevista para quarta-feira (18), à 00h15, com destino ao aeroporto de Guarulhos (SP). A empresa aérea informou ao G1 que a operação de transporte aéreo no país está suspensa por determinação do governo federal até 5 de abril, para tentar prevenir o contágio do coronavírus.

Marcondes conta que recebeu um SMS da companhia aérea domingo à noite informando que o voo tinha sido cancelado. Após sua família entrar em contato com a empresa, na segunda-feira, o voo foi remarcado para o dia 20 de março.

Eduardo conta que, na terça-feira, quando ligou para confirmar a viagem, foi informado de que a viagem tinha sido novamente cancelada e transferida para o dia 1° de abril. Entretanto, não sabe se isso será mantido.

“No dia seguinte pela manhã, a empresa anuncia em rede nacional no Brasil que só voltaria a voar internacionalmente em 30 de junho. Foram quatro datas em menos de três dias. Tenho os dois protocolos anotados das ligações feitas pela minha família”, afirma.

Após o cancelamento, ele precisou procurar um lugar para ficar às pressas. O catarinense conseguiu se hospedar em um hotel de Quito, que conseguiu reservar por meio de um aplicativo.

Motivo do cancelamento
Eduardo afirma que a razão do cancelamento não foi, diretamente, a pandemia de coronavírus. De acordo com ele, o governo equatoriano permitiu que outras nações façam a repatriação dos seus cidadãos.

A justificativa foi informada pela atendente em uma das ligações. “Depois de muita insistência e muito contato com as empresas, a gente descobriu que o motivo foi por contenção de gastos. Ou seja, não tinha quantidade de passageiros suficientes nas aeronaves para que eles colocassem o voo. Cancelaram e nos deixaram aqui”, conta.

O catarinense diz que não sabe quando poderá voltar para casa e não tem recebido assistência da companhia aérea em relação à hospedagem e alimentação. Além disso, não tem tido retorno da empresa no contato feito por meio de Whatsapp, redes sociais, telefone e central de atendimento.

“Nossa situação está bem complicada. Equador entrou em estado exceção, tem toque de recolher, se a gente sai na rua, os policiais se aproximam e de certo forma um pouco ríspido, só podem sair para farmácias e mercados, que não sabemos até quando ficarão abertos”, relatou.

De acordo com ele, há outros cerca de 90 brasileiros no país em situação semelhante, conforme informado pela embaixada brasileira no Equador.

O presidente equatoriano Lenín Moreno decretou estado de exceção em todo o território nacional após o país registrar aumento no número de pacientes com Covid-19. Entre as medidas, está a restrição da circulação de pessoas, pela qual ninguém pode sair de casa entre 21h e 5h.

Outro lado
A empresa Avianca disse que desde as 23h59 do dia 17 de março está suspensa a operação de transporte aéreo no país por determinação do governo federal. A proibição vale até 5 de abril, para tentar prevenir o contágio do coronavírus.

A companhia informou que operou normalmente os vôos internacionais até 16 de março e que, como as medidas governamentais costumam mudar de forma constante, a recomendação é que os passageiros monitorem as páginas oficiais das autoridades de migração e sanitárias de cada país para ficar a par das atualizações.

Disse também que os passageiros podem mudar o itinerário até 31 de dezembro deste ano ou até a vigência original do bilhete, que é de um ano desde a compra, sem pagamento de multa, mas sujeitos a diferencias tarifárias.

Fonte: G1SC

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