Carlos Burle toma vaca em expedição na Ilha Mãe e perde os sentidos: “Visitei a morte”

Pernambucano surfava nos arredores da Baía de Guanabara e precisou ser levado ao hospital para receber pontos na cabeça após queda logo na primeira onda em super ressaca no Rio

0
979

Carlos Burle passou por um grande susto neste domingo. O big rider se acidentou durante uma sessão de surfe na Ilha Mãe, nos arredores da Baía de Guanabara, em Niterói, no Rio de Janeiro. A ressaca que chegou à região Sudeste trouxe ondas de dois metros. Burle tomou uma vaca logo na primeira onda, bateu com a cabeça e as costas nas pedras e perdeu os sentidos. O surfista de 51 anos foi resgatado sangrando, sofreu um grande corte na cabeça e foi levado ao hospital para levar pontos.

“Foi um trauma físico e emocional muito grande. Quando você visita a morte você tem outros pensamentos”

O trauma foi grande e Burle também ficou com arranhões nas costas, mesmo usando roupa de borracha e um colete salva-vidas. De acordo com o pernambucano, talvez tenha sido o maior susto de sua carreira de big rider.

– Foi logo na primeira onda. Fui de cabeça na pedra. Apaguei. Perdi os sentidos. E voltei. Coloquei a mão na cabeça e senti um buraco. Vi que era sério. Tinha um time, pessoal acostumado com isso. Tinha um carro na praia também, perto da Ilha Mãe. Fomos para o carro e para o hospital. Tomei os pontos, saiu um pouco da escalpa. Mas graças a Deus foi só essa parte do couro cabeludo. E arranhões nas costas. Mesmo com a roupa de borracha e o colete por cima. Foi um trauma físico e emocional muito grande. Quando você visita a morte você tem outros pensamentos. Fica emocional – explica Burle.

Carlos Burle após resgate na Baía de Guanabara — Foto: Reprodução

Burle é um dos mais respeitados big riders do planeta. Está acostumado a surfar ondas como as de Nazaré, em Portugal. Em 2013, ele ajudou a salvar a brasileira Maya Gabeira justamente em Nazaré, numa queda da surfista, que acabou presa na arrebentação daquele canhão. De acordo com o surfista, a correnteza era grande e a “onda secou”.

– É muito raso, muito perto da bancada. Como o mar estava grande, com volume, correnteza, as ondas não estavam encaixadas, estavam mais perigosas. E tinha um pessoal remando. Estava difícil para quem estava fazendo town-in como eu. Entrei nessa onda oca e não consegui me posicionar como eu queria. Secou totalmente, onda de pedra seca assim. E a minha prancha parou. Eu já bati com a cabeça na água. Dei as costas. Caí de lado. Bateu as costas e o lado da cabeça. Provavelmente não era para fazer town-in numa situação daquela, no mar crítico, pouco espaço para pilotar. Isso é o que mais me chama atenção. Para mim, com a experiência que tenho, não vou voltar lá para me expor preocupado com quem estiver remando. Por mais que todos estivessem em harmonia, não é a melhor situação – explica Burle.

ATENÇÃO IMAGEM FORTE:

.

.

.

Carlos Burle recebe pontos no hospital — Foto: Reprodução

Fonte: GE

 

Artigo anteriorMoradores de Joinville atingidos pelas chuvas têm até esta sexta-feira para solicitar saque do FGTS
Próximo artigoAbono salarial começa a ser pago a partir desta quinta-feira