Uma apreensão de drogas avaliadas em R$ 300 mil foi realizada em São José, na Grande Florianópolis, nesta quinta-feira (15). Segundo a Polícia Civil, entre os entorpecentes pode estar cem porções de k9, droga conhecida como “supermaconha”.
O entorpecente é até cem vezes mais potente que a maconha comum. A polícia aguarda, ainda, a confirmação da Polícia Científica. Também foram encontrados 2,5 mil comprimidos de ecstasy, 1 quilo de cocaína, 100 gramas de haxixe e 50 gramas de crack, além de uma arma de fogo antiga.
As investigações continuam para prender os responsáveis pelo tráfico de drogas. A polícia pede a colaboração da população, e reforça que denúncias e informações podem ser repassadas anonimamente por meio do número 181 ou diretamente com a Delegacia de Combate às Drogas da Capital.
Origem da k9
A substância também é conhecida por outras nomenclaturas nas ruas paulistanas: K2, K4, K9 ou spice são outros nomes dado para a “maconha sintética”, que conseguiu rapidamente sair dos muros das prisões de São Paulo e ganhar as ruas da maior cidade do Brasil.
A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo publicou uma nota técnica, na última semana na qual afirma ver um “aumento de intercorrências” relacionadas à substância, “em especial junto à população infanto-juvenil”.
Apesar da droga levar o nome de “maconha sintética”, a K9 foi criada em laboratório no início dos anos 2000 e tem efeito até cem vezes mais potente do que o produzido pela planta Cannabis Sativa.
Droga gera preocupação em SC
O delegado da DRE/Deic (Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Diretoria Estadual de Investigações Criminais), Claúdio Monteiro, reforça que o entorpecente está sendo monitorado de forma ostensiva para identificar sua possível chegada ao Estado.
Monteiro acrescenta ainda que, em operações da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, a substância ainda não foi apreendida ou identificada.
“Não vamos subestimar essa droga, em especial, pelo fato de não se ter uma noção total dos componentes dela e nem dos efeitos”, comenta.
Outro ponto levantado pelo delegado se refere ao alto poder de dependência que o entorpecente causa nos usuários. “A K9 possui um THC (tetrahidrocanabinol) sintético, com alto poder de causar dependência aos usuários”, ressalta.