O homem de 37 anos acusado de matar a modelo gaúcha Isadora Viana Costa, de 22 anos, apresentou-se à Justiça na tarde desta segunda-feira (26) em Imbituba, no Sul do estado. Paulo Odilon Xisto Filho foi depois levado à Unidade Prisional Avançada da cidade. A defesa do réu afirmou que entende a prisão como desnecessária e que vai pedir a liberdade dele.
Na sexta (23), a 2ª Vara de Imbituba decretou a prisão preventiva do acusado depois que a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve decisão de segunda instância e negou liberdade a ele.
O réu ficou preso entre 17 de julho e 29 de novembro de 2018. Ele ganhou liberdade após decisão liminar (temporária) do ministro do STF Marco Aurélio Mello publicada em 28 de novembro de 2018 e cumprida no dia seguinte.
O acusado responde por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, feminicídio e impossibilidade de defesa da vítima, além de fraude processual. Ele será julgado em júri popular, ainda sem data marcada.
Denúncia
Conforme a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), Paulo conheceu Isadora em Santa Maria (RS) em março de 2018 e naquele mês começaram a namorar. Em 22 de abril, a jovem aceitou o convite para passar uns dias no apartamento dele, em Imbituba.
A acusação afirma que depois que a jovem passou a conviver com o namorado, a modelo disse a amigas que Paulo ficava agressivo e descontrolado quando estava sob o efeito de drogas.
A investigação da Polícia Civil apontou que na noite do crime o oficial de cartório passou mal, espumando pela boca, e a namorada chamou a família dele. Ele não gostou da atitude porque os familiares não sabiam que ele usava drogas, informou o delegado Raphael Rampinelli. Após os parentes deixarem o apartamento, o casal discutiu e Isadora foi agredida.
A modelo era natural de Santa Maria (RS). Uma amiga do réu, que é advogada, teria alterado a cena do crime e responde na Justiça por fraude processual.
Segundo o laudo pericial, a jovem foi agredida com chutes, socos e joelhadas na região do abdômen, que ocasionaram a morte. O exame toxicológico apontou alta concentração de cocaína na corrente sanguínea da vítima.
Fonte: G1SC